Profissionais participam de Especialização voltada à análise da situação da saúde no Brasil 14/09/2015 - 09:20
A Escola de Saúde Pública recebeu nos dias 9, 10 e 11 de setembro o primeiro módulo presencial do curso de Especialização de Análise de Situação de Saúde. O projeto tem o objetivo de qualificar profissionais para a análise dos problemas de saúde de acordo com a realidade de cada região do país.De acordo com a coordenadora do curso, Marta Rovery, a ideia surgiu há três anos, quando o Ministério da Saúde identificou problemas no entendimento das analises de saúde que eram feitas no Brasil. “Eram apenas análises de comportamento de doenças, não havia uma reflexão sobre as situações da saúde brasileira em geral vistas sob uma dimensão mais analítica. O curso surgiu, então, para preencher essa lacuna”, explica Marta.
A pretensão é grande, mas esta já é a segunda edição. A farmacêutica, Luciana Silva de Oliveira, veio da 15ª Regional de Saúde – Maringá para participar do projeto. Ela comenta que se interessou em participar da especialização para que possa ver a realidade de uma maneira diferenciada, e não apenas como técnica da saúde.
“Gostei de aprender que saúde também pode estar diretamente relacionada a outras áreas, como, por exemplo, a educação. Trabalhando com a educação da mãe, é possível reduzir a mortalidade infantil. São informações que não temos contato sempre e só vem a agregar em nossa rotina de trabalho”, conta Luciana.
O curso aborda problemas como a mortalidade de jovens por acidentes de transportes, mortalidade infantil e materna, entre outros temas relevantes no cenário brasileiro. Em módulos teóricos e instrumentais, a especialização apresenta ferramentas de software e técnicas estatísticas, mas sempre analisando a questão de maneira abrangente, sem focar apenas em números.
A especialização é gratuita e voltada exclusivamente a profissionais que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), preferencialmente da área de Vigilância em Saúde. Para o curso em Curitiba, foram 82 selecionados nos estados do sul, sendo 49 colaboradores da Secretaria da Saúde do Paraná. Os profissionais obrigatoriamente devem possuir vínculo com o SUS e curso superior na área.
CURSO – Trazido para o Estado pela Secretaria da Saúde, organizado pelo Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás e financiado pelo Ministério da Saúde, o curso tem duração de 15 meses e vai até novembro de 2016. A partir de agora, a Escola de Saúde Pública do Paraná torna-se a sede da região Sul para receber o projeto.Os participantes passaram por duas etapas de seleção: a apresentação de um minicurrículo profissional e, posteriormente, a realização uma prova objetiva online. Serão 336 horas à distância e 108 horas de atividades presenciais, totalizando 444 horas. Os encontros presenciais também serão realizados em Goiás e Recife. A segunda parte acontece em Curitiba de 8 a 11 de dezembro.
O curso é composto por nove módulos, sendo seis presenciais: introdução à análise da situação de saúde, metodologia aplicada, análise de dados demográficos, sistemas de informação em saúde, análise de séries temporais na epidemiologia, sistema de informação geográfica aplicado a análise da situação de saúde, análise da desigualdade em saúde, inquéritos populacionais, priorização baseada em indicadores.